Monday, June 26, 2006

Inteligência

A maior prova que existe vida inteligente fora da Terra é que eles ainda não fizeram contato conosco!

Matemático prático!

Meu pai, um educador a quem muito admiro, começou a trabalhar em escolas como professor de matemática. Sempre brincando com números e bom contador de histórias, conseguia trazer sorrisos aos rostos até de seus alunos que odiavam a matéria, mesmo sendo algumas vezes vaiado pelas piadas com uma pitada de humor que só ele tem, mas que também amo pela sua simplicidade e concepção. Como dizia ele:

-Umdoistrês, venha ao quatro negro.
-Cinco muito professor, mas não seis.
-Então sete-se! Oito, venha você!
-Novemente professor?
-Ahhhrrg, Dezisto!!

Sunday, June 25, 2006

Direitos indireitos e outros pensamentos mentalmente agonizantes

  • Quando vemos em um filme um policial prendendo alguém e falando: "Você tem o direito de se manter em silêncio..." e blá blá blá, são raras as vezes que vemos o preso falar depois disso. Direito, que eu saiba, não significa dever! Pra provocar: Todos temos o direito à vida.
  • As joaninhas de 7 pintas da Patagônia não podem ser culpadas pelos furacões no Atlântico Norte, por mais que a Teoria do Caos tente comprovar. Aliás, caso houvesse uma comprovação, o mundo entraria num caos de Segundo Grau, sendo imprevisível sua concepção a olhos do Primeiro Grau Caótico, o qual ainda não foi compreendido.
  • Pelo mesmo motivo não devemos julgar os Botos Cor-de-rosa no Amazonas pela Tsunami na Ásia, os vagalumes pelo aquecimento global, os vacas pela poluição do ar, os lutadores de Sumô pelos terremotos na Cachimira ou um espirro pela gripe aviária.

Trabalho Oco

Eu trabalho
Tu trabalhas
Ele(a) dormem
Nós trabalhamos
Vós trabalhais
Eles lucram

Thursday, June 22, 2006

Viagem

Quero viajar.
Sem carro, sem ônibus, sem transporte.
Sem bicicleta, sem patins, sem os pés.
Não que queira sair de onde estou.
Não quero viajar no espaço.

Mas quero viajar.
Sem coca, sem drogas, sem química.
Sem anarcóticos, sem água, sem Coca.
Não que eu esteja louco ou pire.
Não quero viajar na mente.

Mas quero viajar.
Sem abstrações, sem assonâncias, sem rimas.
Sem versos, sem provérbios, sem verbos.
Não que eu não seja poeta.
Não quero viajar nas palavras.

Mas quero viajar.
Sem demora, sem espera, sem contra-tempo.
Sem pausa, sem respiro, sem suspiro.
Não que eu seja demais apressado.
Só quero poder viajar em seus lábios.

Martin Meier

Wednesday, June 21, 2006

Cansado de Poesias??

Poesia é a arte-mor da humanidade. Não se constranja de fazê-la, nunca! Ela dá-lhe uma palheta multicromática de vocábulos para a sua expressão perante o mundo. Um léxico prolixo, além de formar um belo par palavreal, também pode auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo ou mesmo sentimental.

Após a overdose de Poemas

Após a overdose de Poemas pulo de uma inércia de ausencia de palavras e sentimentos para escrever pra cair em bungee-jump numa cascata de frases e idéias que travam as terminações nervosas de meus neurônios e não me deixam pensar em mais nada a não ser no nada, e no tudo. Talvez seja o efeito do chiclete de gengibirra. Com certeza. Efeito colateral 2:


à la Terezinha de Jesus com pantufa no pé

Pedra sobre pedra, pedregulhos na estrada,
não há pedras no caminho, elas o são
Faltava asfalto naquela rua ladrilhada
e o bosque foi cortado abaixo então.
Plantaram nele pés de batata
enquanto a mamãe infartada punha a mão no coração.
E a causa do infarto foi o susto que levou
do berro que o gato deu quando nele atiraram
um pedaço de pau cortado do bosque cortado.
Bingo, sentado debaixo de uma sacada
saiu ferido quando a casa caiu,
mas o gato despedaçado,
cortado pelos cacos de vidro de um anel quebrado.

Martin Meier

Olavo Bilac: Soneto XIII De Via Lactea

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E vos direi, no entanto
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via lactea, como um palio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estao contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender as estrelas."

Duas do Lulu Santos!

Lulu Santos - O Último Romântico

Faltava abandonar a velha escola
Tomar o mundo feito coca-cola
Fazer da minha vida sempre o meu passeio público
E ao mesmo tempo fazer dela o meu caminho só, único

Talvez eu seja o último romântico
Dos litorais desse Oceano Atlântico
Só falta reunir a zona norte à zona sul
Iluminar a vida já que a morte cai do azul

Só falta te querer
Te ganhar e te perder
Falta eu acordar
Ser gente grande pra poder chorar

Me dá um beijo, então
Aperta minha mão
Tolice é viver a vida assim sem aventura
Deixa ser
Pelo coração
Se é loucura então melhor não ter razão
Só falta te querer... até ...pra poder chorar


Lulu Santos - Apenas Mais Uma De Amor

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito
Isso de ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz

É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

As duras dores duradouras que me dobram

Seus dois sublimes olhos que me olham abertos
escondidos por trás de seus cabelos negros
juntos, sós, sorriem mais que meu coração
quando te olho, vejo e quando te percebo.

Ah, esses ambos olhos lindos que flamulam
hasteados ao alto nesta límpida face
bela cara que me encara como ninguém
que aos teus pés é tudo o que sou: ninguém seguer.

Alguém, ah, Alguém, o meu desejo seria
ser alguém para essa tua tão doce alma
peço, salva-me de meus suplícios, delírios
Ou afogue-me com teus lábios de criança.

Tira-me os pés do chão e me faça voar
me leve às altas nuvens onde eu nunca estive
me dê assas de borboletas como as suas
meu anjo, nos deixe ao menos juntos planar.

Palavras duplas de suplício me sufocam
Eu extrovertido ao seu lado sou tímido
Se abro a boca pra falar contigo sou mudo
E não falo mais de nós mas de outros órfãos.

Demoro-me para decidir meu desejo
apelo na dor por sua voz, seu arpejo
longe de ti não fico livre, sou escravo
de meus pensamentos que no punho encravo.

Crfucifico-me em todo dia que te vejo
toda hora caio ao chão, deliro, sofro, arquejo
e me aconchego igual a um feto, mas sozinho
no frio, no escuro, no duro, no nu, no ninho.

E você não me diz nada para me ajudar,
finge indiferença, mente, some, me mata
de saudades, me deixa com vontade, safa
da minha vida me estraga, me quer calar.

Porém eu te terei em meus braços, Madona
Senhora máxima de meus sonhos, Cafona.
E a minha atual entrega um dia te domina:
Faremos loucuras no amor que nos fascina.

Imagem Negativa

Imagem Negativa

O que faço eu aqui senão ficar foscamente parado
com um vidro jateado de um box de banheiro
embassado pouco logo após em banho quente tomado
em uma banheira num dia totalmente gelado?

Dobrado sobre mim mesmo como um lençol passado
parado engavetado num armário de parede
alvo alvo de uma dupla lavagem a quente e muito molho
logo após de ser tingido de extra-branco.

Como uma cigarra pentelha num inverno anti-quente
cantando as tão odiadas melodias que ela ama
até evaporar-se e deixar apenas a casca croquenta
para alegria dos meninos e suplício das meninas.

Falta de Palavras

Dicionários não fazem línguas. Estão sempre atrasados em relação à atualidade. Nunca encontro palavras num pra descrever meus sentimentos. Preciso escrever então poemas. Misturá-las. Criar uma overdose sentimentalistilística. Ou criar um neologismo. "O neologismo é uma palavra que não se ouviu", como canta o grupo "Palavra Cantada". Sem um neologismo, como posso eu expressar essa minha semana, por exemplo? Ao mesmo tempo uma das melhores e uma das piores do ano? E não que seja melhor por um motivo e pior por outro. Pelos mesmos motivos tenho a melhor semana do ano. E pelos mesmos, a pior! Uma mistura de Antagonia e Antigonia (Antígone, de Sófocles). Ah, neologar me trás um sentimento primavera, preciso de um Antiagonizante.

À exceção dos Párnasos, chamaria eu todo poema de desabafo. Grito de socorro de um poeta em relação a um desejo seu, injustiça ou amor sofrido compaixão pelo mundo. É tudo desabafo da alma, do respiro da alma, da humidade do respiro, da bactéria do respiro.

Impressão em Petro-e-Branco.

Imprecionante:
Pode uma pintura expressionista impressionar algúem, ser impressionante?
Pode uma pintura impressionista se expressar, ser exprecionante?
Expressionante!

Loucuras Minhas!

Shakespeare... Shakespeare... se ele tivesse me conhecido ele teria ficado tão sem esperança do mundo que das duas uma: Ou não escreveria nada, ou ficaria tão louco que voltaria no tempo para se registrar na história como o inventor da escrita, da poesia e do teatro. Diria que a Mona Lisa era dele, que Einstein traduziu pra física um dos livros dele e que portanto Shakespeare seria o autor e predecessor de qualquer teoria Física-Quântica moderna. Além do que, pra isso ele teria que criar uma máquina do tempo, e se ele tivesse criado isso ele seria maior que o Chuck Norris, pra poder dobrar a dimensão do tempo e voltar ao passado, e mais rapidamente que a velocidade da luz. Aliás, tirando Shakespeare e as más notícias, nada pode andar mais rápido que a luz. As más notícias obedecem regras próprias que ninguém nunca vai entender. Eu gostaria de viajar pelo tempo. Mas já que Shakespeare não inventou a máquina, ninguém mais pode. Mas pude ter o gostinho disso nas aulas do Fernandinho, o já citado professor de História.

Martin é intercambista na Alemanha pelo AFS, estuda atualmente a relação prolíxa entre a linguagem e o léxico do subconsciente. Formado em útero e crescido em Curitiba, teve diversos traumas infantis com uma prima da qual evita se lembrar e que lhe causou uma síndrome até então desconhecida. Seu médico escreve no momento uma dissertação sobre suas descobertas em relação à já chamada Síndrome de Martin. Mais duas pessoas já foram diagnosticadas com o problema e preferiram manter o anonimato. Rasculhos do livro, devido ao seu tamanho, estão sendo reaproveitados como Papel Higiênico nos toaletes das academias de Sumô da Patagônia.

Trecho - Fernando Pessoa

Uns Versos Quaisquer

Vive um momento com saudade dele
Já ao vivê-lo . . .
Barcas vazias, sempre nos impele
Como a um solto cabelo
Um vento para longe, e não sabemos,
Ao viver, que sentimos ou queremos . . .

Demo-nos pois a consciência disto
Como de um lago
Posto em paisagens de torpor mortiço
Sob um céu ermo e vago,
E que nossa consciência de nós seja
Uma cousa que nada já deseja . . .

Assim idênticos à hora toda
Em seu pleno sabor,
Nossa vida será nossa anteboda:
Não nós, mas uma cor,
Um perfume, um meneio de arvoredo,
E a morte não virá nem tarde ou cedo . . .

Porque o que importa é que já nada importe . . .
Nada nos vale
Que se debruce sobre nós a Sorte,
Ou, tênue e longe, cale
Seus gestos . . . Tudo é o mesmo . . . Eis o momento . . .
Sejamo-lo . . . Pra quê o pensamento? . . .

Fernando Pessoa

Eu tenho uma Prima

Eu tenho uma prima a qual suas loucuras me endoidecem. Me dão idéias mais insanas aindas que me sanam. E esta sanidade me corrompe. Me pira a cabeça, a gira. É loucura ser sano neste mundo, é sano ser louco. E nesta sana perdição de pensamentos a gente deslumbra um novo mundo de possibilidades, aos perder o medo da loucura, ao perder o medo da sanidade, ao saber que ambas são sinônimos no mais íntimo significado. "Anormalidade" seria outro sinônimo pra se colocar nesta lista sem fim, sem que antes inseramos "amor".

Num email que escrevera pra ela, digo:
A minha criatividade se extrapola nos últimos tempos pelas palavras, textos, poemas. Mas há coisas que não há como expressar. Coisas que uma imagem não mostraria, mesmo se fosse uma pintura cubista que mostra todas as facetas. Criatividade que a cinemática de uma dança não pode coreografar. Criatividade que a cinestesia de um bosque florido com suas cores, cheiros, gostos, sons e texturas não misturaria perfeitamente. Que faria uma música não soar. E que deixa linhas de caderno em branco, enquanto esperam por um desvaneio de pensamentos...

Em outro, onde ela errôneamente me compara a Shakespeare, respondo:
Cara, Superar Shakespeare é para poucas almas. Mas digo que superá-lo, com toda sua suprema sabedoria e compreensão do coração humano, para ti, pode até acontecer. Mas eu, aos pés dele, não chego. Até mais porque não penso em visitar o túmulo dele.

De autor desconhecido, citado pela mesma Prima: "Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!"
E a minha resposta: A desilusão do quase. Concordo com a frase, e apesar de parecer ser antagônico o que agora digo, espero que veja que tirando o "des" de "desilusão", não realizamos idealmente uma antítese. "A ilusão do quase". A ilusão que nos engana, que nos faz sofrer, que nos mata. O quase que nos ilude, a ilusão que nos impede de ver a realidade, de ver que "quase" não é tudo, e é ainda menor que o nada.

Um Professor de História

Tinha um professor de história, ainda tenho. O problema é saber se ele sabe mais do que pira, ou pira mais do que sabe... eutinha História Geral e do Brasil com ele... e ele sempre atrasado com o calendario... em seguida se catapultava avante tao rápidamente que a gente ficava um pouco perdido... saudades...

Dinamite!

Dinamite!

Gotas de sangue escorrem pelas verdes folhas
e pingam abaixo em poças anamorfas
regando o arbusto com o resultado da guerra
que a morte espalhou por meio de luz e trevas

Guerra maldita, fede pólvora estourada
fogos de artifício que não mais trazem festa
mas que trazem mutilação que a área infesta
nesta boba, eprdida e idiota desgraça

Pior que dizem que não há outra saída
HÁ! Que se exploda o mundo de uma vez por todas,
pois co'esta mentalidade humana caída,
é impossível que haja paz ou não se fodas!


Enxadaxim Xereta (eu mesmo).

Verríssimo

Tu e Eu

Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu,fão.
Eu,fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já seque
ie me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu,piniquim.
Eu,ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu,multo.
Eu,carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu,cano.
Eu,clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu,tano.
Eu,femismo.

Só o verríssimo mesmo...

Filosofiante

De um anônimo: "Uma mão vale mais do que dois cotovelos". Uma dedução simplesmente fantástica. Filosófica e ao mesmo tempo simples. Mas tive que mergulhar na gelatina depois dessa:

Tipo, se uma mão vale mais que 2 cotovelos, você cortaria fora seus cotovelos para ficar com uma mão, ou deixaria que cortassem só uma mão? Aí eu te contradigo, dois cotovelos valem mais que uma mão. Mas mesmo assim eles não adiantam nada se não tiver um disquete debaixo do colchão.

Garanto: O disquete debaixo do colchão não foi efeito colateral dos Drops de Beringela que tenho chupado atualmente.

Post Primo: Ainda me aprimoro!

Um blog! (B)Logo agora que tenho pouco tempo. Enfim, escrevo. Na verdade postarei seleções e idéias minhas escritas em emails, poemas. Simplesmente jogos de palavras, de sons, de momentos ímpares de filosofia em frente a um PC. Não espero que gostem de tudo o que vou escrever aqui. Mas se alguém quiser encontrar um pouco de sanidade nesse mundo insano que nos assola, terá aqui breves momentos de felicidades. Cidades à parte, Idades não importam. Tenho 18, mas uma mente atemporal. Lamente, posso ser infantil, ou muito físico. Se não entender algo, comente. Pergunte.