Wednesday, June 21, 2006

As duras dores duradouras que me dobram

Seus dois sublimes olhos que me olham abertos
escondidos por trás de seus cabelos negros
juntos, sós, sorriem mais que meu coração
quando te olho, vejo e quando te percebo.

Ah, esses ambos olhos lindos que flamulam
hasteados ao alto nesta límpida face
bela cara que me encara como ninguém
que aos teus pés é tudo o que sou: ninguém seguer.

Alguém, ah, Alguém, o meu desejo seria
ser alguém para essa tua tão doce alma
peço, salva-me de meus suplícios, delírios
Ou afogue-me com teus lábios de criança.

Tira-me os pés do chão e me faça voar
me leve às altas nuvens onde eu nunca estive
me dê assas de borboletas como as suas
meu anjo, nos deixe ao menos juntos planar.

Palavras duplas de suplício me sufocam
Eu extrovertido ao seu lado sou tímido
Se abro a boca pra falar contigo sou mudo
E não falo mais de nós mas de outros órfãos.

Demoro-me para decidir meu desejo
apelo na dor por sua voz, seu arpejo
longe de ti não fico livre, sou escravo
de meus pensamentos que no punho encravo.

Crfucifico-me em todo dia que te vejo
toda hora caio ao chão, deliro, sofro, arquejo
e me aconchego igual a um feto, mas sozinho
no frio, no escuro, no duro, no nu, no ninho.

E você não me diz nada para me ajudar,
finge indiferença, mente, some, me mata
de saudades, me deixa com vontade, safa
da minha vida me estraga, me quer calar.

Porém eu te terei em meus braços, Madona
Senhora máxima de meus sonhos, Cafona.
E a minha atual entrega um dia te domina:
Faremos loucuras no amor que nos fascina.

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